quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Número de matrículas no ensino básico cai 1,2%, segundo Censo Escolar 2009

Número de matrículas no ensino básico cai 1,2%, segundo Censo Escolar 2009

Publicada em 30/11/2009 às 19h22m

Catarina Alencastro
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BRASÍLIA - O número de matrículas na Educação Básica caiu 1,2% entre 2008 e 2009, passando de 53,3 milhões para 52,5 milhões de alunos. Este é o resultado do Censo Escolar 2009, divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O ensino básico vai da creche ao último ano do ensino médio e inclui também a educação profissional, especial e de jovens e adultos. (Leia mais: Ensino superior tem quase 1,5 milhão de vagas ociosas; 98% estão nas particulares)

O número de escolas também diminuiu 1,1%, passando de 199,7 mil para 197,4 mil. Para o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, a queda nas matrículas não significa necessariamente que esteja havendo aumento da evasão escolar. Ele acredita que o resultado reflita uma melhora no fluxo escolar - menos alunos estariam repetindo o ano - e de uma diminuição na taxa de natalidade brasileira a partir dos anos 80.

- Queda na matrícula não quer dizer que os alunos estão abandonando as escolas. Há duas razões fundamentais: primeiro há uma redução no número de nascimentos, em segundo lugar as matrículas são afetadas por fluxos. Se você melhora o fluxo educacional, você tem diminuição da matrícula - disse Fernandes.

Ele afirma que a taxa de atendimento educacional vem crescendo em todas as faixas etárias. Na pré-escola o número de matrículas diminuiu 2% de 2008 para 2009. O Inep diz que a explicação é que, com a mudança do ensino fundamental de oito para nove anos de extensão, há um reflexo na pré-escola, que perde um ano letivo. O ensino médio teve uma perda de 0,3% nas matrículas. Já o ensino profissionalizante aumentou 8,3%, passando a oferecer 65.655 vagas a mais este ano.

As atividades complementares - oferecidas após o horário regular - têm aumentado em todas as áreas. O acompanhamento pedagógico cresceu 40,4%, atividades relacionadas a arte e cultura aumentaram 62,9% e esportes e lazer cresceram 51,4%.

- O aluno que está em atividade complementar volta à escola num segundo turno para realizar essa atividade. Isso está aumentando muito, o que é uma solução, inclusive em termos de segurança, manter os alunos por mais tempo na escola - argumentou a diretora de estatísticas educacionais do Inep, Maria Inês Pestana

E agora, qual será a responsabilidade do professor acerca desse fenômeno? Porque sempre que há algum fenômeno em educação, a culpa é sempre nossa, do professor!

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